quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O orquidário sonoro de um descobridor chamado Lenine

                     Ele recebeu o nome em homenagem a Vladimir Lenin, um grande revolucionário russo. Nasceu com o nome ligado a história e hoje faz história, Osvaldo Lenine, é intimo da tranqüilidade, em sua arte ele exala essa convicção de que o mundo precisa mesmo mais de calma, de alma. Sou suspeito para falar, pois tenho em Lenine uma referência.O recifense, adotou o Rio de Janeiro, como seu refúgio para desabrigar seus pensamentos.
        Lenine se multiplicou virou João que se transformou em Tom, e assim a vida vai fazendo seu ciclo e reciclando seu vinculo com a verdade que é amar, eu poderia falar a respeito do grande cantor, compositor, produtor, colecionador de orquídeas, mas o que mais me chama atenção em o autor de Jack Soul Brasileiro é a essência de conviver com a arte em seus ombros, o cara carrega uma energia artística imensa,todas as vezes que Lenine vai ser entrevistado ou dá um depoimento,paro o que estou fazendo para vê-lo desdobrar o seu ponto de vista das coisas,venerando sempre a exclamação,mas principalmente a interrogação.Lenine é um grande descobridor de mundos,por exemplo:O universo das cores e as vidas das orquídeas,das letras,melodias,harmonias.
       O descobridor de sons, fez do seu canário belga (Frederico VI) backing vocal de uma das faixas do seu trabalho intitulado Chão, usou os passos de sua neta (Luna) para ser a percussão, o batimento cardíaco do seu filho para expressar o que ele se permite pisar. "Chão todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar, ou todos os caminhos dão no mesmo"?Vou sempre trilhando e chegando em Lenine com suas descobertas concretas e abstratas.

Lenine-se!      



Músicas citadas:

Paciência (Dudu Falcão - Lenine) 
Jack Soul Brasileiro (Lenine) 
Chão (Lenine)
Todos os caminhos (Dudu Falcão - Lenine) 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Cazuza, no embalo da rede.

      
Por: Ed.Siqueira

 Qualquer propósito de definição seria uma loucura, quando o assunto é Cazuza e sua vida louca vida.O poeta que ficou para a eternidade cantando seus poemas que se alternavam dos mais doces aos mais ilícitos,era um cara sempre em busca de um amor não corrompido, Caju (apelido de infância), era um jovem que se descobria a cada segundo, eu não saberia explicar quem era Cazuza, porque escolheu a intensidade, penso que nem ele mesmo saberia dizer. As obras falam mais do que qualquer palavra. Cazuza o garoto rico da zona sul do Rio de Janeiro, esbanjava talento, um Barão na terra do sempre, em qualquer letra dele, percebe-se um grito de qualquer sentido, para todos os  lados.

        O filme “Cazuza, o tempo não para” retratou o cotidiano de um ser humano prestes a explodir com as pequenezas de um mundo ainda regido pela ditadura, o filho da costureira Lucinha Araújo e do produtor musical João Araújo (morto em 2013), era um cara à frente do seu tempo, com o pensamento ligado no futuro, o autor de Todo Amor Que Houver Nessa Vida, se ofereceu para servir a milhares de pessoas, que ficaram brincando à deriva nos mares da ausência. Não vai existir outro Cazuza, qualquer tentativa seria de tamanha estranheza, porque o poeta do Rock brasileiro, sempre será daqueles que nunca envelhecerá, nunca será esquecido, a história serve de pause. Cazuza parou no tempo, mas suas palavras não.Podemos chamar isso de singularidade.             

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Uma noite em dez anos.

           Uma noite de quinta, para ser lembrada como se fosse uma tarde de Domingo de sol. O primeiro clássico dos clássicos da temporada de 2014. Ali havia um tabu de dez anos, o Clube Náutico Capibaribe, não saia com o triunfo do estádio do adversário, a Ilha do Retiro, desde 2004. Onde ainda um dos seus maiores ídolos, o ex-atacante Kuki,dançou o frevo,após marcar o terceiro espetáculo para os alvirrubros. 
         
 No começo da partida a ousadia de um novo Náutico tomou conta da restrita e barulhenta torcida do time da Rosa e Silva, as 22 pernas sambavam para um carnaval tão esperado por milhares de torcedores do Náutico. O time do técnico Lisca, foi superior no primeiro tempo, apesar do Sport Clube do Recife ter sido superior em posse de bola, o Náutico soube encaixar bem seus contra-atraques, em um lance digno de desfilar na Avenida, aos 39 minutos de desfile, o passista João Ananias, tocou para Zé Mário, que dentro da Bateria Rubro Negra, colocou o pandeiro para descansar no fundo das redes vermelha e preta. O náutico administrou o resultado até o apito final da primeira etapa.

        Com o apito do árbitro para o segundo tempo, a superioridade dos donos Casa foi incontestável, o Sport dono de 70% da posse da bola, ganhou terreno e evidenciou que o dia era mesmo dos outros carnavalescos, depois de perder dois gols daqueles que ninguém perderia, o leão da Ilha se rendeu ao samba-enredo “Em um dia se foi dez anos” o Náutico ainda tentou em um contra-ataque liquidar a fatura, mas Hugo chutou a bola para a arquibancada, que presenciou em uma noite vários sentimentos de alegria e tristeza.


Jogo nota dez!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Náutico me ensinou a seguir em frente.


         
         Que dimensão tem isso, de onde vem essa sensação prazerosa, são coisas inexplicáveis, lembranças férteis em dias de sol e chuva.
        Em 1991, comecei a minha saga a entender o que significava algo que meus pais tentavam me transmitir, creio ainda nesse sentimento, para alguns, falido, para outros, mais forte do que nunca. O problema é que as pessoas se esquecem que para amar o próximo, tem que amar a si mesmo, com isso seu auto-entendimento ficaria sólido e você poderia desfrutar dessa ação da natureza, passando para quem você deseja todas as contemplações positivas, o que você já se encheu.
      Na infância, creio que, a maior prova desse sentimento foi descoberto por mim, com um tipo bem popular, principalmente no Brasil, o futebol é a preferência nacional em termos de esportes, estava no ano 1999/2000 o Clube Náutico Capibaribe, amargava uma Série C(Terceira divisão) do campeonato Brasileiro, vivíamos uma crise de todas as partes, lembro do meu pai ouvindo o rádio e o comentarista Luiz Cavalcanti, quase que implorando disse:
-Não deixem o Náutico fechar as portas.
     Isso para mim era muito confuso, olhava para meu pai e os seus olhos fixos, estavam rumo a uma direção ao indefinido naquele instante, mas que vinha a ter conhecimento 5 anos depois,mesmo ouvindo,assistindo tudo aquilo,parecia que muralhas estavam se despedaçando,meu pai me olhou e me propôs:
-Você tem 10 anos, se quiser torcer por outro time: Santa, Sport pode sim, viu.
-Painho, se o Náutico fechar. Fecho junto!
      Foi assim que ele teve a certeza e eu tive a certeza que nada mudaria minha opinião, tenho personalidade forte, aprendi com meu pai, que um homem de palavra não volta atrás. Em 2001, foi o ano do Náutico se reerguer um time prestes a completar 100 anos de existência, não podia acabar assim, 2001/2002 foram os dois anos de felicidade, campeão do centenário em 2001“ganhamos outro hexa” tiramos do nosso rival o tão sonhado título.Conseguimos o bi campeonato pernambucano em 2002.
    Em 2004, Tivemos outro título estadual com: Kuki,Marco Antônio,Gil Baiano e Cia,batemos o Santa Cruz na final.Em 2005,me veio uma opinião formada a respeito do Náutico,o time da superação,porque?2005 no dia 26/11, foi o ano da tristeza, neste dia perdemos a batalha, mas estávamos começando a lutar pela guerra, a tragédia não estava anunciada, nem o mais fanático rubro negro, acreditava naquilo. O Grêmio bateu o Náutico por 1 x 0 gol de Anderson,o time gremista estava com menos 4 jogadores em campo.Em 2006,um anos após a dita “Batalha dos Aflitos” o Náutico,conseguiu se superar conquistando o acesso para a série A do futebol nacional
     Eu estava certo, graças a Deus,de todas as certezas que tenho,sou Náutico!Em qualquer lugar que eu for visitar, residir, não importa,vou levar o escudo de um time que me ensinou que desistir não facilita nada, apenas demonstra incapacidade de solucionar o difícil, obrigado por todas as conquistas e também agradeço as derrotas que tanto aprendi.


Benção seu Nado.