Hoje os codinomes do
mundo gritam BEIJA-FLOR, e os filósofos sabem que o banheiro é a igreja de
todos os bêbados, não acreditamos em superlativos, mas somos exagerados, Cazuza
morria há 24 anos, cantando o Tempo não para, perguntando que diferença há entre
o amor e o escárnio e completava com: Cada carinho é fio de uma navalha. O
poeta dos bares, do baixo e alto Leblon, usava uma faixa de um guerreiro, o
lutador do rock, o primeiro a assumir a tão desconhecida AIDS para muitos há
duas décadas.
Você se parece com todo
mundo, eu investi demais sem por no seguro, e o poeta das letras doces e ávidas
partiu sem deixar recado de Carente profissional, fazia parte do seu show, o
compositor é vivo demais, se sobrepõe a qualquer escolha do destino, não se
limitou ao passado, Cazuza não ERA, ele continua sendo e sempre será... Um
poeta não morre, ausenta-se.
Esses 24 anos passaram
arrastados, deixou um bilhetinho azul e partiu rumo à Bahia, talvez ele volte
qualquer dia, para gritar para todos que ele não ama ninguém, o carioca Barão
ficou esperando um trem para as estrelas e embarcou atento, a tempo deixando
seus poemas, seu som e seu talento como herança para milhões de brasileiros.
Um dia na vida vale uma
carona na esquina.
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