A incontestável
qualidade poética de Carlos Drummond de Andrade, já pode ser considerada
assunto clichê, porém a história de vida desse mineiro de Itabira é uma poesia
recitada por décadas.
A dor de perder
um filho, com meia hora de vida, fez de Carlos, um Drummond diferente, no modo
de enxergar a vida, com mais sílaba e menos pedras no caminho, se existia não
havia mais.
Maria Julieta
Drummond de Andrade, a primeira e única filha do poeta, chegou à vida dele como
uma espécie de transformação de um grito de tristeza para um de alegria, muito
apegado a filha, Drummond ficou até o fim, ao seu lado,no momento em que ela
descobriu um câncer, até sua morte em 1987. Drummond, não aguentou
tamanha dor
e dias depois faleceu, a morte por causa da morte ou, apenas, uma desculpa da
vida?
Durma Drummond.
Nós mortais viramos noites com a insônia de seus versos.
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