sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Durma Drummond

Por:Ed.C.Siqueira

       A incontestável qualidade poética de Carlos Drummond de Andrade, já pode ser considerada assunto clichê, porém a história de vida desse mineiro de Itabira é uma poesia recitada por décadas.
       A dor de perder um filho, com meia hora de vida, fez de Carlos, um Drummond diferente, no modo de enxergar a vida, com mais sílaba e menos pedras no caminho, se existia não havia mais.
       Maria Julieta Drummond de Andrade, a primeira e única filha do poeta, chegou à vida dele como uma espécie de transformação de um grito de tristeza para um de alegria, muito apegado a filha, Drummond ficou até o fim, ao seu lado,no momento em que ela descobriu um câncer, até sua morte em 1987. Drummond, não aguentou
tamanha dor e dias depois faleceu, a morte por causa da morte ou, apenas, uma desculpa da vida?

        Durma Drummond. Nós mortais viramos noites com a insônia de seus versos.       


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