domingo, 13 de julho de 2014

Rebeldia Recifense


Atravesso o Rio Capibaribe
Vou até à praia de Boa Viagem
Passo pela Avenida Beberibe
Recife de tão belas paisagens
Tantas belezas naturais
Recife de tantos artistas
Em Recife me sinto em paz
Recife, um pedaço do Brasil
Ó Recife, antes mesmo de tudo
O encanto já morava em você
São nos teus braços de mar
Que vou descansar meu corpo suado
No banco da praça do Marco Zero
Descrevo tua beleza até o dia clarear
Recife é a letra de Chico Science
É o poema de Pena Filho
É a voz e o som de Lenine
Recife por ti guardo um amor sublime
Final de semana de sol
Cem por cento Rebeldia Recifense
Tu és a crença dos descrentes
Tu que és um eterno menino só
(Marcelo Tenório e Ed.Siqueira)

domingo, 6 de julho de 2014

24 anos sem o Cazuza dos bares,rebeldia e romantismo


Hoje os codinomes do mundo gritam BEIJA-FLOR, e os filósofos sabem que o banheiro é a igreja de todos os bêbados, não acreditamos em superlativos, mas somos exagerados, Cazuza morria há 24 anos, cantando o Tempo não para, perguntando que diferença há entre o amor e o escárnio e completava com: Cada carinho é fio de uma navalha. O poeta dos bares, do baixo e alto Leblon, usava uma faixa de um guerreiro, o lutador do rock, o primeiro a assumir a tão desconhecida AIDS para muitos há duas décadas.

Você se parece com todo mundo, eu investi demais sem por no seguro, e o poeta das letras doces e ávidas partiu sem deixar recado de Carente profissional, fazia parte do seu show, o compositor é vivo demais, se sobrepõe a qualquer escolha do destino, não se limitou ao passado, Cazuza não ERA, ele continua sendo e sempre será... Um poeta não morre, ausenta-se.

Esses 24 anos passaram arrastados, deixou um bilhetinho azul e partiu rumo à Bahia, talvez ele volte qualquer dia, para gritar para todos que ele não ama ninguém, o carioca Barão ficou esperando um trem para as estrelas e embarcou atento, a tempo deixando seus poemas, seu som e seu talento como herança para milhões de brasileiros.

Um dia na vida vale uma carona na esquina.

            

domingo, 1 de junho de 2014

Seu Brasileiro Silva.514 anos,desempregado e analfabeto.

Nada mal ser brasileiro. O meu sangue não coagula com alguns reveses,ao contrário,ferve e evapora pela palavras. Nada mal ser nacionalista em uma época simbólica, por exemplo: Vestir a camisa da seleção na copa do mundo, ou até mesmo, colocar nossa bandeira em nossas janelas, mandando um recado, vocês estão aqui Neymar,Júlio César e Cia, terra muito nossa, mas não vai nada mal, lembra?
Nascer em terra tupiniquim é encarar o amor pelo futebol logo no andador e driblar as dificuldades de cada dia com muita ginga, Terra dourada, entre outras mil, és tu, Brasil, Ô pátria amada. Sou brasileiro no cartório e na vida, não americanizo as coisas, ou tento o máximo não fazer isso, mas às vezes é irreversível, tenho que ir ao maldito SHOPPING, ou tenho que ir fazer uma boquinha no McDonald´s.
Será que temos problemas para relacionar as coisas com sua importância?Somos desocupados demais para decidir com CPIs o que é óbvio?Nada vai mal,nada!É isso que muitas famílias tem à mesa, NADA!E continuamos a falar de hits musicais,redes sociais, e o chão de cimento é esquecido,esse concreto quente onde um vendedor ambulante é agredido por alguns policiais,o pedreiro é assassinado por saber demais e o filho sem refugio se abriga na criminalidade para se confortar do passado.
Nada vai mal demais ao cúmulo de piorar, era isso que eu estava tentando passar, mas eu sou brasileiro e me precipito fácil, tenho lá minhas qualidades, sou alegre, mas não sei escrever meu nome, sou do carnaval, mas o peru do Natal é caro demais para igualar a felicidade, se falta no mês, reparo no outro, e assim os bons e os ruins vão se construindo como um prédio sendo levantado de concreto em concreto, e nós de dúvida e dúvida.

Ed.Siqueira 01 - 06- 2014.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sistema com escudo e escolta

      Em tempos de democracia, onde a força da liberdade de expressão cedeu espaço à liberdade de imprensa, o país se reafirmou em seus direitos e nos seus gritos de protesto. Até onde vai o poder do povo e sua sabedoria? Somos filhos de um sistema inóspito, onde carregamos com bandeiras de ódio a falta de paciência, o Brasil precisa de uma reestruturação?Sim!E isso não é o bastante, porém corremos para uma margem perigosa, alguns utilizam o momento para atingir seus inimigos como em um campo de concentração, vivemos em tempos de guerra, mas a luta não se faz com paus, pedras, cassetetes, muito menos com rojões. O culposo e o doloso são irrelevantes, queremos ter a liberdade de passar a informação de maneira honesta e principalmente segura, hoje minha indignação se mistura com minha tristeza.Deixo uma pergunta:
Porque o Brasil ainda prefere acender rojões, apagando grandes possibilidades de mudança?
      Assim vamos ser carnívoros em busca da pressa, perdendo a imprensa, os leitores, telespectadores e você que tirou a vida de um profissional da comunicação, de um pai de família, de um marido, de um filho, do homem que tombou para a notícia andar.

Meus sinceros sentimentos a família do cinegrafista Santiago Andrade.       

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Paulo Leminski e Alice Ruiz na tela do cinema.

02/02/2014


A história do poeta Paulo Leminski e da poetisa Alice Ruiz, vai virar filme. Depois do sucesso do livro póstumo “Toda Poesia”,que reúne todas as obras do autor curitibano, chegando a bater em vendagens no Brasil, o Best celler, “Cinqüenta Tons de Cinza”. O filme contará a história do casal, que, numa sintonia poética, se amavam fora das páginas dos livros. A produção do filme ficará a cargo da Abaporu. Paulo Leminski e Alice Ruiz foram casados por vinte anos, tendo três filhos. O filme “Alice e Paulo” tem estréia prevista para este ano.          

Por Ed.Siqueira

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O orquidário sonoro de um descobridor chamado Lenine

                     Ele recebeu o nome em homenagem a Vladimir Lenin, um grande revolucionário russo. Nasceu com o nome ligado a história e hoje faz história, Osvaldo Lenine, é intimo da tranqüilidade, em sua arte ele exala essa convicção de que o mundo precisa mesmo mais de calma, de alma. Sou suspeito para falar, pois tenho em Lenine uma referência.O recifense, adotou o Rio de Janeiro, como seu refúgio para desabrigar seus pensamentos.
        Lenine se multiplicou virou João que se transformou em Tom, e assim a vida vai fazendo seu ciclo e reciclando seu vinculo com a verdade que é amar, eu poderia falar a respeito do grande cantor, compositor, produtor, colecionador de orquídeas, mas o que mais me chama atenção em o autor de Jack Soul Brasileiro é a essência de conviver com a arte em seus ombros, o cara carrega uma energia artística imensa,todas as vezes que Lenine vai ser entrevistado ou dá um depoimento,paro o que estou fazendo para vê-lo desdobrar o seu ponto de vista das coisas,venerando sempre a exclamação,mas principalmente a interrogação.Lenine é um grande descobridor de mundos,por exemplo:O universo das cores e as vidas das orquídeas,das letras,melodias,harmonias.
       O descobridor de sons, fez do seu canário belga (Frederico VI) backing vocal de uma das faixas do seu trabalho intitulado Chão, usou os passos de sua neta (Luna) para ser a percussão, o batimento cardíaco do seu filho para expressar o que ele se permite pisar. "Chão todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar, ou todos os caminhos dão no mesmo"?Vou sempre trilhando e chegando em Lenine com suas descobertas concretas e abstratas.

Lenine-se!      



Músicas citadas:

Paciência (Dudu Falcão - Lenine) 
Jack Soul Brasileiro (Lenine) 
Chão (Lenine)
Todos os caminhos (Dudu Falcão - Lenine) 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Cazuza, no embalo da rede.

      
Por: Ed.Siqueira

 Qualquer propósito de definição seria uma loucura, quando o assunto é Cazuza e sua vida louca vida.O poeta que ficou para a eternidade cantando seus poemas que se alternavam dos mais doces aos mais ilícitos,era um cara sempre em busca de um amor não corrompido, Caju (apelido de infância), era um jovem que se descobria a cada segundo, eu não saberia explicar quem era Cazuza, porque escolheu a intensidade, penso que nem ele mesmo saberia dizer. As obras falam mais do que qualquer palavra. Cazuza o garoto rico da zona sul do Rio de Janeiro, esbanjava talento, um Barão na terra do sempre, em qualquer letra dele, percebe-se um grito de qualquer sentido, para todos os  lados.

        O filme “Cazuza, o tempo não para” retratou o cotidiano de um ser humano prestes a explodir com as pequenezas de um mundo ainda regido pela ditadura, o filho da costureira Lucinha Araújo e do produtor musical João Araújo (morto em 2013), era um cara à frente do seu tempo, com o pensamento ligado no futuro, o autor de Todo Amor Que Houver Nessa Vida, se ofereceu para servir a milhares de pessoas, que ficaram brincando à deriva nos mares da ausência. Não vai existir outro Cazuza, qualquer tentativa seria de tamanha estranheza, porque o poeta do Rock brasileiro, sempre será daqueles que nunca envelhecerá, nunca será esquecido, a história serve de pause. Cazuza parou no tempo, mas suas palavras não.Podemos chamar isso de singularidade.