Noel de Medeiros Rosa, carioca da gema, nascido
em 11 de dezembro de 1910. Filho de comerciante e de professora. Nasceu com
desenvolvimento limitado da mandíbula, aos 17 anos ingressou na faculdade de
Medicina, com 19 anos arriscou suas primeiras composições, nessa época tocava
violão com um amigo em festas. Compôs “Com que Roupa” um dos seus maiores
sucessos parodiando o hino Nacional brasileiro.
Noel
era um boêmio, com noites regradas a bebidas, cigarros e mulheres, em uma
dessas noites, em meio a um bloco de carnaval, conheceu a atendente de cabaré,
Ceci. A paixão de Noel pela mulher foi arrebatadora, para a “Dama do Cabaré”
como ele mesmo a chamava, compôs sambas de amor como “Último Desejo” um dos
mais importantes e gravados do seu repertório, mas teve que abrir mão dessa
paixão, por “desonrar” uma moça de família e ter que se casar com a mesma, por
exigência da sua sogra.
Noel
provocou uma rivalidade saudável com o também sambista, Wilson Batista. Os dois
começam a escrever sambas provocando um ao outro, essa rivalidade tornou-se
lendária na década de 30.
Com uma vida desregrada e para muitos, inconseqüente. Noel foi vitima
das noites e suas loucuras, morreu em decorrência de uma tuberculose, aos 27
anos de idade, com pouco tempo de carreira e vida, deixou sambas memoráveis,
sempre levantando a bandeira da sua comunidade Vila Isabel.
Se para muitos Noel foi um boêmio a
moda antiga, a sua arte não deixou o mito desaparecer. Em 2007, após 70 anos de
sua morte, as obras compostas somente por Noel (letra e música) entraram em
domínio público e Noel mais ainda virou patrimônio da nação. Se Noel hoje
pertence a todos brasileiros, suas obras falam um pouquinho de cada um de nós.
Então som na caixa e formiga nos pés!
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